Resumo: Com o desenvolvimento científico e tecnológico, a Química passou a contribuir com muitos avanços para a área da ciência, mas também aumentou a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. Nesse viés, no final da década de 90, surge a filosofia da Química Verde (QV) que busca repensar todo o processo químico e evitar a produção dessas substâncias prejudiciais. Visando a introdução dessa filosofia no ensino básico, esse trabalho possui como objetivo analisar os experimentos expostos na apostila de práticas do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio Pedro II - Campus Centro e, por meio desta análise, verificar o grau de verdura que esses experimentos possuem, propondo mudanças sempre que possível. Esta análise foi feita a partir das métricas holísticas Matriz Verde (MV) e Estrela Verde (EV) para cada uma das práticas, antes e depois das alterações propostas. Das seis práticas analisadas, uma é de segurança química e foi excluída por não haver procedimento experimental, enquanto das outras cinco, três tiveram propostas de mudanças. Deste modo, foi possível obter avanços em relação ao esverdeamento em pontos parciais nas práticas 3 e 5, e um aumento significativo no grau de verdura na prática 4. A partir desse resultado foi possível reescrever a apostila de práticas com base na proposta de alterações imediatas e viáveis e, ademais, observa-se que, apesar das métricas serem um instrumento auxiliador para esverdear as práticas, elas podem ser inflexíveis nas práticas do ensino básico, pois algumas mudanças podem prejudicar a execução e o objetivo dos experimentos.

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