Resumo: Um dos maiores obstáculos enfrentados pelos docentes da área de química é a dificuldade de realizar aulas práticas devido a ausência de um laboratório, falta de recursos para aquisição dos materiais e a utilização de solventes com certo grau de periculosidade. Apesar de várias publicações sugerirem experimentos que utilizam materiais alternativos, nem todas conseguem realizar por completo as devidas substituições, além de não haver um estudo detalhado sobre a eficiência do uso desses materiais. Assim, neste trabalho é apresentado a elaboração de um protótipo de cromatógrafo líquido com detector de fluorescência contendo materiais comerciais para a separação de misturas. No primeiro experimento os pigmentos presentes no espinafre foram separados utilizando-se areia como fase estacionária (FE) e removedor de ceras e isopropanol como fases móveis (FM). No segundo, a areia foi substituída por açúcar e, no terceiro, uma mistura contendo os pigmentos do espinafre e vitamina B2 foi separada com areia como FE e removedor de ceras, isopropanol e álcool 46° INPM como FM. A clorofila e vitamina B2 exibiram fluorescência vermelha e esverdeada, respectivamente, e a eficiência das separações foi confirmada por espectrofotometria. Os espectros obtidos a partir das frações coletadas se mostraram idênticos aos descritos na literatura para os compostos, além de não haver sobreposição das bandas, confirmando que a separação ocorreu de forma eficaz e demonstrando que materiais alternativos podem ser utilizados em substituição aos convencionais sem afetar a integridade do método.

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