Resumo: O sono é um estado cíclico regulado por um cronômetro molecular e, quando de qualidade, está relacionado à reparação, principalmente do encéfalo. Ernest Hartmann relaciona os estágios do sono profundo à síntese de proteínas, que seriam utilizadas durante o sono REM, promovendo a manutenção de conexões entre neurônios. Esse efeito teria impactos positivos, como para a aprendizagem e memória. Jovens e profissionais da educação formam um grupo mais propenso a desenvolver dissonias e, em cenário pandêmico, vem sendo observado um aumento na propensão de tal desenvolvimento devido à transição para as atividades pedagógicas não presenciais (APNPs). Portanto, tornou-se pertinente o estudo com a comunidade do IFRJ. A análise do perfil do sono foi feita através de dados coletados de um questionário online, aprovado pelo cep IFRJ, disponível entre os dias doze de janeiro e fevereiro de 2021, com perguntas referentes ao sexo, ocupação, percepção da qualidade de sono, entre outras. Descartando respostas duplicadas e do público não-alvo, obtivemos 208 respostas. Foi atribuído um valor, transformando as variáveis qualitativas nominais em qualitativas ordinais e feito um somatório das variáveis ordinais, a fim de criar um score para visualização da qualidade do sono dos participantes, sendo uma adaptação do índice PSQI. Os participantes foram predominantemente servidores do sexo feminino. 70% responderam que se sentem cansados ao acordar, conferindo um dado preocupante, visto que um sono de qualidade é revigorador. Mais da metade dos participantes relataram ter algum grau de insônia. Juntando todas as informações em um score, gerado com a soma de todas as variáveis — com exceção da qualidade de sono percebida, para um olhar mais claro do perfil de sono —, observamos que 90,9% dos participantes apresentaram impedimento na qualidade do sono. O mapeamento indica os possíveis prejuízos ao desempenho acadêmico e funcional da comunidade.

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